O Psychobilly Brasil teve um bate papo com Jurandir
Cordeiro, mais conhecido como “Jura”, vocalista e baixista das bandas Zabilly e
Vídia, naturais de Colombo, PR, sobre os seus projetos, incluindo o Psycolombo
e o dia a dia das bandas. Confira aí embaixo como foi esta conversa
descontraída com este cara que além de ser um grande amigo, não consegue ficar
parado.
PB - Jura, agradeço a sua atenção em disponibilizar
um pouco do seu tempo corrido e concorrido para esta entrevista. Estamos em
outubro e, no dia 24 será realizado o 1º Psycolombo Fest, que vai reunir as
bandas Zabilly, Diablo Cabron, Skullbillies, The Gozmabatz e Ovos Presley no
Marlize Bar em Colombo, PR. Como surgiu a ideia do evento e qual a sua expectativa?
Jura - Olá Diego (N.E.: Meu nome foi revelado!!!) é
um prazer meu amigo. Esse projeto vem se desenvolvendo a mais ou menos um ano. Como
nós somos de Colombo e a receptividade do pessoal da região pelo nosso trabalho
vem aumentando, trazendo junto com ela uma legião de amigos que vem
fortalecendo a cena, resolvemos montar um festival de Psychobilly, o
“Psycolombo Fest” trazendo as bandas da Capital, para sentir um pouco como é a
receptividade e a cena de Colombo. A expectativa? (risos) Que vai virar um
formigueiro o bar da Marlize tornando se uma festa para entrar na história.
PB – Eu tenho certeza que este evento vai ser um
marco para a cidade. Teremos assim mais um canal de divulgação para o
Psychobilly e a integração de bandas e fans assim como o Psychobilly Fest e o
Psycho Carnival. A intenção é fazer do Psycolombo um evento anual como estes?
Jura - Sim a intenção é fazer um festival anual, e
cada vez mais aperfeiçoar e desenvolver o Psycolombo Fest, para que um dia se
torne uma referencia e venha somando com os festivais já tradicionais de
Curitiba e contribuindo para aumentar mais a cena Psycho.
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| A Garagem Psycolombo. |
PB - O canal “Garagem Psycolombo” no Youtube lançou
há poucos dias o seu terceiro programa com o Ovos Presley. Você criou um espaço
na garagem de casa, montou um palco com equipamentos, som, iluminação, um monte
de adesivos, discos, posters, etc. Ficou sensacional e sem igual. Como surgiu a
ideia de tudo isso.
Jura - A ideia principal é fazer um ambiente para
unir a galera psychorockabilly, tomar umas geladas, escutar musica, assistir
filmes, marcar eventos e para as bandas falarem sobre seus trabalhos e mandar
um som, além de ser o “estúdio” de gravação dos programas da “Garagem
Psycolombo”.
PB - O espaço é usado para os ensaios das bandas Zabilly
e Vídia também né?
Jura - Sim o espaço é utilizado para a criação e
ensaios das musicas da Zabilly e da Vídia.
PB - E falando nas bandas, o Zabilly está de vento
em popa, tocando em tudo quanto é lugar, participou da Coletânea Psychozidos,
tocaram no Psycho Carnival em 2015, a cada show vocês apresentam uma música
nova, é uma coisa de louco (risos). Como estão os projetos da banda agora e
conte-nos aí o que estão aprontando para o futuro.
Jura - Sempre que possível procuramos experimentar
e encaixar novas músicas. Procuramos levar o Psychobilly e o Rockabilly na
região metropolitana nos locais mais inusitados e sem restrições (risos). A Coletânea
Psychozidos foi uma ideia de unir a galera que esta surgindo agora no cenário e
criar um material para divulgar as mesmas, que surtiu um ótimo resultado
criando várias parcerias. Já o Psycho Carnival foi inesquecível uma excelente
experiência, fomos muito bem recebidos, um evento que só quem já foi tem ideia
do que é, simplesmente animal muito bom.
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| Zabilly no Psycho Carnival. Curitiba, 2015 |
PB - E como surgiu a Zabilly?
Jura - A Zabilly surgiu em 2011 numa
conversa em um bar de Colombo, estavamos eu e o Fafá (baterista da banda Vídia)
tomando umas cervejas e falei para ele que queria montar uma banda de blues e
rockabilly, o mesmo gostou da ideia e montamos a banda juntos, no inicio era
somente som cover de Elvis, Chuck Berry, Fevers, etc. O começo já foi bem
legal, deram vários frutos. Tocamos em São Paulo, Teatro Guairinha etc. Como
todas as bandas sempre sofrem alterações no grupo, alguns membros foram saindo
até que assumi o baixo e voz, o Guilherme, meu filho, permaneceu no violão só
que agora ele mescla com a guitarra e o Mauricio assumiu a bateria e nossos
sons são todos autorais.
PB – A banda Vídia que tem 19 anos de
estrada passou por uma reformulação no seu som, ficou extremamente rápida e
técnica, participou recentemente também da “Coletânea Contra Cultura 2015” e
está preparando algumas surpresas para o aniversário de 20 anos. Dá uma dica do
que podemos esperar.
Jura – Opa. A Vídia é a banda que mais
experimenta a diversidade sonora, agora o som está ficando cada vez mais
pauleira (risos). Estamos trabalhando no segundo álbum “Sobreviendo de Restos”,
que será lançado no ano que vem e muitas surpresas viram por ai. Aguardem.
PB – Entendi que as surpresas serão
surpresas (risos). Como é o processo de composição da Vídia que toca um
Punk/Thrash e que tem uma linhagem totalmente diferente do Zabilly que é mais
ligado ao Psycho Old School.
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| Vídia no Festival "A Invasão". |
Jura - O nosso processo tem muito a ver
com a união dos membros das duas bandas. Sempre estamos ensaiando, fazendo um
churrasco, assistindo filmes de terror, criando e bebendo juntos e o processo
da criação flui naturalmente, geralmente estamos curtindo, surge a ideia,
pegamos os instrumentos e tentamos criar. Depois desenvolvemos e lapidamos.
Teve musica que saiu as 2:00 da madrugada comendo feijoada, tomando conhaque e
assistindo sexta feira 13 (risos).
PB – Então podemos dizer que tudo flui
naturalmente né? (risos) E me diz aí, é disposição que não acaba mais, pois, além
disso tudo de ainda trabalhar e ter uma família, sei que você ainda tem um
Dodge na garagem que está em processo de restauração.
Jura - Sim estou restaurando um Dodge Charger
V8 nos meus tempos livres. Além disso, tem a “Jurarte Studio” que é onde eu
faço quadros, esculturas e areografia nos tempos livres (N.E.: tempo livre dos
tempos livres). Geralmente as engrenagens não param devido eu ser um pouco
hiperativo. Sempre tenho de estar fazendo algo, se não acabo enlouquecendo (risos).
PB – Jura, muito obrigado man. Você é
um cara sensacional. Desejo todo sucesso nos seus projetos e mais uma vez
agradeço um “tempo livre” na sua agenda para poder nos conceder esta
entrevista.
Jura – Diego, (N.E.: Ele não cansa de
espalhar meu nome!) parabéns pela iniciativa do Psychobilly Brasil e o que
precisar pode contar comigo. Ainda estou esperando você para fazer aquela
tapioca (risos).
PB – Pode deixar meu caro. Qualquer
hora dessas faremos uma sessão de Psycho, cervejas e tapioca (risos). Obrigado
e abraços!








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