O Psychobilly vem com o tempo firmando seus padrões enquanto gênero musical, as vezes abandonando alguns detalhes e incorporando outros.
Aos poucos os bateristas estão tocando mais em pé, a guitarras punk vem sendo trocadas pelas semiautomáticas, e a mais notável: o amplo abandono do baixo elétrico em prol do acústico, seja por uma simples questão estética (vamos combinar que ver um instrumento erudito tocando rock é sensacional) ou pela dinâmica na musica que o slap pode trazer.
O fato é que a maioria bandas tanto as clássicas quanto as atuais que começaram a carreira com o baixo elétrico acabaram em algum momento mudando para o acústico as vezes até para não perder seu espaço na cena.
Com o tempo o baixo acústico foi virando sinônimo de psychobilly, uma imagem representativa que até leva muitas bandas a usarem em seus logotipos para não deixar duvidas do estilo que tocam.
Agora o "rabecão" se tornou tão necessário quanto aula de caligrafia na faculdade de medicina e quem não usa corre até algum risco de ser desconsiderado pelo publico psychobilly ou, no máximo, ser rotulado como "punkabilly". (Aliás, este é um dos detalhes apontados pelo The Cramps ao dizer que eles não fazem parte do gênero psychobilly).
Mesmo assim algumas bandas (mesmo as iniciantes) não tem medo de tocar com o baixo elétrico, ... um exemplo a banda Minestompers (a alemã, não a russa), que lançou seu ótimo álbum de estreia ano passado:
Mas vamos convir que cada caso é um caso, Demented Are Go com elétrico, pode ate ser que fique ainda mais irado e potente, mas um Long Tall Texans provavelmente já não funcionaria da mesma forma, tudo depende da estrutura da musica .
Até porque a diferença entre o baixo elétrico e o acústico é tanta (não só no tamanho e formato) que as vezes fica difícil dizer que são instrumentos da mesma família. Pois enquanto o elétrico costuma trabalhar em conjunto a guitarra agregando na dinâmica dos riffs, o acústico faz um papel mais percussivo, conversando mais com a bateria (como se fossem dois instrumentos em um só: percussão e cordas).
O Coffin Nails é uma das bandas que começaram com o baixo elétrico como podemos ser no vídeo Stumping at the Club Foot e no seu disco de estreia, Ein Bier Bitte.
O Guanabatz também foi outra banda que começou com e-bass como pode ser percebido nas musicas Just Love Me (na coletanea Rockabilly Psychosis), Saving Grace e The One:
Dentre outras bandas que utilizam ou já utilizaram o baixo elétrico em algum momento também estão:
Na gringa: Meteors | Godless Wicked Creeps | Nitkie | King Kurt | The Cramps | Meantraitors | The Bombers | P.O.X | Thee Chills | Crazy Steaks | Batmobile (no álbum Welcome to Planet Cheese)
No Brasil: Ovos Presley | Baratas Tontas | Mongolords | Krents | Os Degolados | Frenetic Trio | Brow Vampire Catz | S.A.R entre outras.
Aqui no Brasil muitas bandas ainda tocam com baixo elétrico, motivo principal provavelmente por ser um instrumento caro pra caramba e complicado de achar.
Fico aqui imaginando qual seria o futuro do baixo elétrico no psychobilly. Sabemos que seu uso vem sendo cada vez mais escasso neste estilo, mas será que daqui uma década ainda será tolerado pelos psycho-chatos-true-billy?
Essas bandas transgressoras do novo padrão ainda terão seu espaço dentro da cena ou será que um dia teremos a oportunidade de ver uma nova uma onda de bandas com baixo elétrico renovando o estilo, o que você acha?
Não sei, só sei que é possível sim fazer um bom psychobilly com baixo elétrico e existem varias bandas legais a se descobrir. Segue abaixo uma pequena vídeo-aula sobre o assunto:



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