O 18º PSYCHO CARNIVAL
A 18ª edição do Psycho Carnival ocorreu entre os dias 24 e 27 de fevereiro de 2017 na capital paranaense, Curitiba. O evento destaca-se como um dos mais importantes do gênero e a cada ano ganha mais espaço na mídia fazendo com que uma maior quantidade de público possa conferir todas as atrações que o festival oferece.
Além de ser propriamente um evento musical, o Carnival proporciona ao participante várias oportunidades de interagir com o mundo do "psycho", tanto para os que já conhecem o estilo quanto para os "calouros" que a cada ano aparecem. Pessoas que conhecem uma ou outra banda, ou que vão com os amigos, ou que simplesmente aparecem para curtir o "carnaval rock" de Curitiba acabam tomando gosto pelo clima de descontração dos que fazem o Psychobilly ser o que é. "Sinto-me orgulhoso de morar na cidade com a maior cena e com o maior evento dedicado ao Psychobilly no país. Fico sem palavras para descrever o êxtase que é o Psychocarnival, em especial pelo seu line-up, que sempre conta com ótimas bandas do cenário nacional e internacional, e com certeza este ano não foi diferente. Além disso, foi nítido que os grandes nomes que tocaram não atraíram só o pessoal de costume, mas também o de diversas outras cenas" contou André Stapassoli com emoção por ter participado do seu 3º Carnival.
Diferente dos anos anteriores, em 2017 não ocorreu o "Curitiba Rock Carnival", evento gratuito que abria espaço para bandas de diversos estilos atraindo o público para atrações paralelas e conjuntas ao Psycho Carnival. "Esse ano achei que o festival deu uma resgatada ao que era há alguns anos. Pelo fato de não terem rolado os eventos durante a tarde, a galera meio que ficou mais tempo junta e agitou mais de noite" comentou Maniac Biffs, baixista da banda Bad Luck Gamblers que se apresentou na 3ª noite do festival. Este fato pode ter contribuído para termos mais energia nas quatro noites do Psycho Carnival.
Leia aqui todas as matérias sobre o 18º Psycho Carnival no Psychobilly Brasil |
O Jokers Pub Café, no centro da cidade, escolhido novamente para sediar o Psycho Carnival também se adequa perfeitamente às necessidades do evento. A estrutura da casa oferece ao visitante uma experiência com vários ambientes onde ficam organizados todas as atrações que o festival oferece. A banca da Zombies Union com o merchandising das bandas, as outras bancas com artigos diversos, os bares nos dois andares, atendimento dos garçons, o pessoal do som, entrada, etc. Um local perfeito para organização e público.
Para a organização, o evento superou como sempre as expectativas. "De novo o que a gente teve foi esse clima de encontro de amigos que a gente vem tendo faz vários anos. O publico foi excelente, tivemos 0 problemas nos 4 dias de festival. Então minhas impressões são as melhores possíveis. Ficamos muito felizes com tudo isso." disse Vladmir Urban, organizador e criador do Psycho Carnival, guitarrista e vocalista do Sick Sick Sinners.
A PRIMEIRA NOITE
A noite de esquenta do festival aconteceu na sexta, 24/02. O público começando a aparecer para o festival, o Jokers preparado para aguentar as hordas de psychos, rockers, punks e tudo o que mais que por ali apareceria durante os próximos dias.
A noite começa com Surf Aliens, banda de São Paulo que trouxe seu Surf Music extremo já como um petardo nos ouvidos dos que por ali estavam. Para iniciar os trabalhos no Carnival, não teria nada melhor. A banda que fez sua primeira participação no festival, cumpriu a tarefa da melhor maneira, saindo, inclusive, muito satisfeita com o resultado. É ótimo poder contar com o crescimento das bandas de Surf no Brasil, assim como o Kingargoolas e o The Mullet Monster Mafia, o Surf Aliens integra agora o cast das melhores bandas do estilo que mesclam o surf com outros elementos.
Na sequência, a banda Eles Mesmos, um nome já conhecido do público curitibano, entra em cena com seu Punk com pitadas de Ska, Reggae, Psychobilly entre outros estilos que impressionam o público pela qualidade das composições e energia. A banda fez a sua primeira participação no evento principal do Carnival. Antes disso, estiveram presentes outras duas vezes nos eventos do Rock Carnival curitibano.
Tampa do Caixão. Foto: Pri Oliveira - Cwb Live |
A primeira banda Psychobilly a se apresentar este ano foi o Tampa do Caixão. O grupo de Joinville, SC, apresentou músicas do seu último trabalho "...E Segue o Cortejo", lançado em 2016, além das já conhecidas músicas dos seus trabalhos anteriores que não deixam ninguém parado. Esta foi a terceira participação do "Tampa" no festival que figura entre uma das bandas mais importantes do cenário nacional em seus 6 anos de carreira.
No Milk Today foi a quarta banda da noite e trouxe seus clássicos do Punk Rock para o Carnival. O público recebeu bem a banda que em seus mais de 20 anos de carreira incorpora como um dos principais conjuntos do estilo no Brasil.
A primeira apresentação internacional desta edição do Psycho Carnival foi o Phantom Rockers, banda inglesa que atualmente está radicada nos Estados Unidos, na cidade de San Antonio, no Texas e que voltou aos palcos do Carnival depois do seu último show em 2011. Apresentação empolgante e que deixou o público alucinado com suas músicas.
Phantom Rockers. Foto Pri Oliveira - Cwb Live |
Para fechar a noite do esquenta, Hillbilly Rawhide, atração de Curitiba que atrai multidões por onde passa. A banda a qual tem como frontman nos vocais e violão Mutant Cox, baixista e vocalista do Sick Sick Siners, completou a primeira noite de shows do Carnival com muita animação e participação do público cantando suas músicas que estão na maioria das playlists curitibanas.
A SEGUNDA NOITE
Sábado de carnaval, nada de "sábado de sol" em Curitiba. Aos poucos a Rua São Francisco, onde fica o Jokers, ia sendo inundada por membros de todas as tribos aguardando a noite chegar para pernoitar nos barzinhos e inferninhos próximos. Topetes fervendo, perdidos no centro da cidade iam chegando aos poucos fazendo fila para curtir a segunda noite de Psycho Carnival.
Enquanto um acontecimento histórico acontecia no andar superior da casa de show (leia mais abaixo), o Zabilly, de Colombo, PR, subia aos palcos para abrir os shows da noite. A banda, formada em 2011 fez sua terceira apresentação no festival mostrando músicas do seu último trabalho "A Mecânica do Horror" lançado em 2016. Um show empolgante com as músicas sarcásticas e macabras cantadas pelo público que ainda chegava nas primeiras horas do festival.
O Kingargoolas veio com tudo na sequência com seu Surf Music alucinante que deixou o público de queixo caído com a qualidade das suas músicas. Um show que não deixou ninguém parado na pista. A banda de Guarapuava, PR, fez sua segunda apresentação do Carnival e mostrou o melhor dos seus 10 anos de formação.
O Red Lights Gang de São Paulo foi a terceira banda da noite e fez uma ótima apresentação com sua mistura de Rockabilly com Country e outros elementos que animaram a plateia com suas músicas empolgantes e dançantes. A desenvoltura no palco e o entrosamento foi uma das características que mais marcaram a sua primeira apresentação no Psycho Carnival.
Crazy Horses. Foto: Diego Baldraco. Arquivo Psychobilly Brasil |
Com os motores quentes, o Crazy Horses sobe aos palcos e fez a adrenalina percorrer nas veias dos zumbis presentes no Jokers. Mesmo com pouco tempo de show por conta do atraso antes da apresentação, o trio de Londrina, PR, abriu espaço para o wreck na pista. Foi a 8ª apresentação no Carnival da banda que saiu deixando aquele gosto de "quero mais". Leia aqui a entrevista com o Crazy Horses feita pelo Psychobilly Brasil alguns dias antes do show.
O público aguardava por mais quando o Ovos Presley surge com seus "trajes e trejeitos" tocando seus clássicos que há tantos anos são cantados em coro pelos seus fans. Como sempre um show enérgico e animado, tanto por conta do público quando por conta da banda que faz questão de que seus shows sejam sempre uma festa. A apresentação do Ovos nesta edição do Carnival fica marcada como o último show do seu baterista "Cidadão Rancor" que passa o posto, depois de 11 anos, para o antigo baterista Tupiro.
Fechando a noite, depois de 8 anos da sua primeira apresentação no Brasil, o Long Tall Texans deu o seu show característico com direito a muitos sorrisos e clássicos da história do Psychobilly. Som impecável e uma banda totalmente entrosada e carismática que marcou como uma das melhores apresentações do festival. Um show memorável que com certeza será lembrado por muitos anos. Leia aqui a entrevista com o Long Tall Texans, concedida ao Psychobilly Brasil. A segunda noite de apresentações se encerra com satisfação estampada na face de todos que por ai passaram e curtiram os shows.
Long Tall Texans. Foto: Diego Baldraco. Acervo Psychobilly Brasil |
Fechando a noite, depois de 8 anos da sua primeira apresentação no Brasil, o Long Tall Texans deu o seu show característico com direito a muitos sorrisos e clássicos da história do Psychobilly. Som impecável e uma banda totalmente entrosada e carismática que marcou como uma das melhores apresentações do festival. Um show memorável que com certeza será lembrado por muitos anos. Leia aqui a entrevista com o Long Tall Texans, concedida ao Psychobilly Brasil. A segunda noite de apresentações se encerra com satisfação estampada na face de todos que por ai passaram e curtiram os shows.
ENCONTRO DE GIGANTES
Um dos momentos mais marcantes que ocorreram durante o festival foi o relançamento do álbum "Litte Bits of Insanity" d'Os Catalépticos. O disco de estreia da banda, lançado originalmente em 1998, ressurge agora como uma edição em vinil colorido, limitado a 300 cópias que foram vendidas durante o Psycho Carnival. A empreitada ficou a cargo da Neves Records www.nevesrecords.com.br e da Orleone Records facebook.com/orleonerecords que além do lançamento organizou, na segunda noite do festival, uma sessão de autógrafos com os integrantes da banda.
Para deleite dos fãs, Vlad, Coxinha e Gus estavam lá, juntos depois de anos, tirando fotos, assinando os discos e conversando com o público que muitas vezes passavam pela mesa só para contemplar aquele encontro de gigantes. Para quem compareceu ao Carnival e pode conferir, com certeza ficou satisfeito por ter, mesmo que por alguns breves minutos, participado de mais um momento histórico do Psychobilly.
Diante desta angústia, espera-se sempre o melhor com a ansiedade de se saber quais serão as próximas datas, as próxima bandas que estarão no line-up, quais são as surpresas que virão. E para piorar tudo isso, para deixar aquele nó na garganta com a curiosidade saindo pelos poros, a próxima edição do festival foi anunciada logo após o encerramento da edição. O 19º Psycho Carnival já está agendado! Será entre os dias 09 e 12 de fevereiro de 2018. Confirme sua participação no evento oficial criado no Facebook clicando aqui
e fique por dentro de todas as novidades que surgirão. O Psychobilly
Brasil também estará divulgando todas as informações durante o ano. Stay Sick! Stay Mad! Stay Psycho!
Para deleite dos fãs, Vlad, Coxinha e Gus estavam lá, juntos depois de anos, tirando fotos, assinando os discos e conversando com o público que muitas vezes passavam pela mesa só para contemplar aquele encontro de gigantes. Para quem compareceu ao Carnival e pode conferir, com certeza ficou satisfeito por ter, mesmo que por alguns breves minutos, participado de mais um momento histórico do Psychobilly.
Os Catalépticos. Foto: Diego Baldraco. Acervo Psychobilly Brasil |
A TERCEIRA NOITE
Sono, cerveja e adrenalina circulavam nas entranhas dos que se dirigiam para o centro da cidade para conferir a terceira noite do festival. Durante o dia, ocorreu a marcha dos zumbis com o Zombie Walk na capital e ainda a noite era possível ver as marcas de sangue estampadas no rosto de alguns transeuntes.
A banda Os Fritz da Puta de Joinville-SC, iniciou os trabalhos da noite com seu "Psychohardsurfgaragepunkcore" dando margem ao que viria ser uma das noites mais enérgicas de todas. O grupo, formado em 2012, fez sua primeira participação no festival e mostrou suas novas canções, assim como as músicas do seu primeiro EP "Rust Is Not A Crime", lançado em 2013.
O Billys Bastardos entra na sequência, vindo de Londrina-PR para a sua quarta participação no Psycho Carnival. Uma porrada na orelha com suas músicas extremamente pesadas e com andamento digno de moer ossos. O Power Psycho com influências do Trash e do Metal impressionou o público com sua técnica fazendo do show um dos mais pesados do festival.
De São Paulo veio o Bad Luck Gamblers fazendo suas apostas no Psycho Carnival e conseguindo virar a banca depois do show espetacular que levantou a poeira do Jokers. A banda que se apresentou pela quarta vez no festival garantiu grande olhares e uma ótima impressão do público com suas músicas de alta qualidade e de um tratamento impecável no quesito entrosamento e técnica.
Após a apresentação da "Mulher Diaba" por Larissa Maxine com sua performance burlesca que atraiu a atenção dos capirotos de plantão, o Mullet Monster Mafia subiu ao palco para explodir os alto-falantes da casa e não deixar ninguém parado com o seu Surf Thrash Lenha "do Bode". Mesmo com a substituição temporária do seu baixista por Jefferson Novaes que não deixou barato, a banda, como sempre, detonou na apresentação com sua versatilidade musical que mistura vários elementos ao Surf Music e a presença de palco contagiante.
Um dos shows mais aguardados desta edição foi o das Diabatz que mostraram no palco o que sabem fazer de melhor. Um show único, recheado de sucessos, que estava sendo aguardado tanto pela banda quando pelo público. A banda foi responsável por uma das cenas mais emblemáticas de todos os "carnivais". Durante a apresentação de "Psychomad Mary" um wreck só de mulheres se abriu na pista do Jokers e permaneceu até o final do show. Um acontecimento que foi prestigiado por todos e que ficará guardado na memória dos presentes. Leia aqui a entrevista com as Diabatz concedida ao Psychobilly Brasil alguns dias antes do show.
Fechando a terceira noite do festival, o Sick Sick Sinners sobe no palco do Jokers elevando ao nível máximo o volume da mesa de som para fazer escorrer sangue dos tímpanos presentes. A banda executou com maestria vários clássicos de sua carreira em um show impecável. A proximidade do grupo com o seu público, assim como a experiência de tantos anos fazem com que o trio execute suas músicas e sua apresentação no palco da forma mais natural possível, proporcionando aos presentes um dos melhores shows de Psychobilly de todos os tempos.
Com o nível de disposição beirando à reserva, chega a hora de contemplar a quarta e última noite do Psycho Carnival 2017. Aquela mistura de "Pena que é a última noite e agora só ano que vem" e "Ainda bem que é a última noite, estou quebrado e preciso dormir" se contrastam numa angústia ansiosa e nostálgica que passa aos poucos quando o clima do evento recarrega de adrenalina os corpos dos mortos vivos que chegavam e que aguardavam o que estava por vir.
O Mongo fez sua estreia no Carnival deste ano e com muita festa e descontração conseguiu atrair a atenção do público com o seu Psychobilly puro e direto. A banda, que foi formada em 2016, apresentou músicas que estarão presentes no seu primeiro EP que será lançado em breve. Com uma ótima receptividade, o Mongo se prepara agora para desbravar outras cidades levando a diversão por onde passar com seu som único e uma identidade formada por músicos já experientes da cena psycho.
Em seguida tivemos o Asteroides Trio, banda paulista que fez sua segunda apresentação no Psycho Carnival. O grupo conseguiu fazer com que o público cantasse em uníssono todas as músicas de seus 11 anos de carreira em um show marcante de uma das bandas de Punkabilly mais importante da cena brasileira.
Diretamente da Argentina, o Jinetes Fantasmas impressionou o público com a evolução musical nos 9 anos de carreira do grupo. A banda se apresentou pela quarta vez no Psycho Carnival e atraiu a atenção dos presentes naquela noite. Um dos melhores shows do festival que com certeza elege a banda como uma das preferidas para participações em shows futuros no Brasil.
O CWBillys entra em seguida para a sua 10ª participação no Psycho Carnival. A banda que completou 10 anos de carreira em 2016 e que tem uma vasta experiência com seus músicos já consagrados na cena Psychobilly, Punk e Rockabilly apresentou os clássicos de sua carreira e músicas novas que virão em um novo trabalho que sairá em breve.
Na sequência, o Krappulas com seu som altamente técnico, pesado e consistente fez com que a pista do Jokers ficasse completamente lotada. O wrecking que se abria como um buraco negro, sugava todos que chegavam perto para curtir uma das bandas mais tradicionais do Psychobilly brasileiro. Um show perfeito que não pecou nem mesmo com alguns pequenos problemas no som. A banda como sempre carismática dirtribuiu CD's e adesivos durante os intervalos das músicas dos seus mais de 20 anos de carreira.
Para fechar a noite e o festival com chave de ouro o The Meteors sobe ao palco. Alguns minutos antes da apresentação a banda retira a proibição de fotografar o show que havia sido imposta alguns dias antes, animando o público e os fotógrafos profissionais que faziam a cobertura dos shows. Mesmo assim, foi muito interessante ver o público, no geral, mais antenado nos shows do que empunhando celulares e câmeras para todos os lados. O show foi perfeito, com a execução dos clássicos de todos os tempos que embalaram da melhor forma o fim do Carnival 2017. O wrecking permaneceu do início ao fim da apresentação da banda que se mostrava satisfeita com todo aquele resultado que contagiou a todos, inclusive Carlo, roadie da banda, vocalista do "The Snakes", que deu um show a parte no palco cantando e vibrando até não se segurar em um momento e descer do palco para curtir junto do público. Após um breve intervalo, eles voltaram ao palco para um bis e assim finalizaram uma apresentação histórica.
A 18ª edição do Carnival ganha o status de uma das melhores do festival, fazendo com que o evento como um todo seja mais que um evento simplesmente só de música, mas uma cena onde se cultua a amizade e a vontade de se unir com outros loucos para se divertir e ter momentos para ficarem marcados na vida. "Acho que todos os anos são especiais de alguma maneira. Mas o encontro realmente sempre é o mais importante. E fico feliz que as pessoas tenham relacionado mais fortemente esse ano com isso." nos falou Vlad Urban com relação à reunião das gerações.
A banda Os Fritz da Puta de Joinville-SC, iniciou os trabalhos da noite com seu "Psychohardsurfgaragepunkcore" dando margem ao que viria ser uma das noites mais enérgicas de todas. O grupo, formado em 2012, fez sua primeira participação no festival e mostrou suas novas canções, assim como as músicas do seu primeiro EP "Rust Is Not A Crime", lançado em 2013.
O Billys Bastardos entra na sequência, vindo de Londrina-PR para a sua quarta participação no Psycho Carnival. Uma porrada na orelha com suas músicas extremamente pesadas e com andamento digno de moer ossos. O Power Psycho com influências do Trash e do Metal impressionou o público com sua técnica fazendo do show um dos mais pesados do festival.
De São Paulo veio o Bad Luck Gamblers fazendo suas apostas no Psycho Carnival e conseguindo virar a banca depois do show espetacular que levantou a poeira do Jokers. A banda que se apresentou pela quarta vez no festival garantiu grande olhares e uma ótima impressão do público com suas músicas de alta qualidade e de um tratamento impecável no quesito entrosamento e técnica.
Após a apresentação da "Mulher Diaba" por Larissa Maxine com sua performance burlesca que atraiu a atenção dos capirotos de plantão, o Mullet Monster Mafia subiu ao palco para explodir os alto-falantes da casa e não deixar ninguém parado com o seu Surf Thrash Lenha "do Bode". Mesmo com a substituição temporária do seu baixista por Jefferson Novaes que não deixou barato, a banda, como sempre, detonou na apresentação com sua versatilidade musical que mistura vários elementos ao Surf Music e a presença de palco contagiante.
As Diabatz. Foto: Diego Baldraco. Acervo Psychobilly Brasil |
Um dos shows mais aguardados desta edição foi o das Diabatz que mostraram no palco o que sabem fazer de melhor. Um show único, recheado de sucessos, que estava sendo aguardado tanto pela banda quando pelo público. A banda foi responsável por uma das cenas mais emblemáticas de todos os "carnivais". Durante a apresentação de "Psychomad Mary" um wreck só de mulheres se abriu na pista do Jokers e permaneceu até o final do show. Um acontecimento que foi prestigiado por todos e que ficará guardado na memória dos presentes. Leia aqui a entrevista com as Diabatz concedida ao Psychobilly Brasil alguns dias antes do show.
Girl Wreck. Foto: Diego Baldraco. Acervo Psychobilly Brasil |
Fechando a terceira noite do festival, o Sick Sick Sinners sobe no palco do Jokers elevando ao nível máximo o volume da mesa de som para fazer escorrer sangue dos tímpanos presentes. A banda executou com maestria vários clássicos de sua carreira em um show impecável. A proximidade do grupo com o seu público, assim como a experiência de tantos anos fazem com que o trio execute suas músicas e sua apresentação no palco da forma mais natural possível, proporcionando aos presentes um dos melhores shows de Psychobilly de todos os tempos.
Sick Sick Sinners. Foto: Diego Baldraco. Acervo Psychobilly Brasil |
A QUARTA E ÚLTIMA NOITE
Com o nível de disposição beirando à reserva, chega a hora de contemplar a quarta e última noite do Psycho Carnival 2017. Aquela mistura de "Pena que é a última noite e agora só ano que vem" e "Ainda bem que é a última noite, estou quebrado e preciso dormir" se contrastam numa angústia ansiosa e nostálgica que passa aos poucos quando o clima do evento recarrega de adrenalina os corpos dos mortos vivos que chegavam e que aguardavam o que estava por vir.O Mongo fez sua estreia no Carnival deste ano e com muita festa e descontração conseguiu atrair a atenção do público com o seu Psychobilly puro e direto. A banda, que foi formada em 2016, apresentou músicas que estarão presentes no seu primeiro EP que será lançado em breve. Com uma ótima receptividade, o Mongo se prepara agora para desbravar outras cidades levando a diversão por onde passar com seu som único e uma identidade formada por músicos já experientes da cena psycho.
Em seguida tivemos o Asteroides Trio, banda paulista que fez sua segunda apresentação no Psycho Carnival. O grupo conseguiu fazer com que o público cantasse em uníssono todas as músicas de seus 11 anos de carreira em um show marcante de uma das bandas de Punkabilly mais importante da cena brasileira.
Jinetes Fantasmas. Foto: Diego Baldraco. Acervo Psychobilly Brasil |
O CWBillys entra em seguida para a sua 10ª participação no Psycho Carnival. A banda que completou 10 anos de carreira em 2016 e que tem uma vasta experiência com seus músicos já consagrados na cena Psychobilly, Punk e Rockabilly apresentou os clássicos de sua carreira e músicas novas que virão em um novo trabalho que sairá em breve.
Na sequência, o Krappulas com seu som altamente técnico, pesado e consistente fez com que a pista do Jokers ficasse completamente lotada. O wrecking que se abria como um buraco negro, sugava todos que chegavam perto para curtir uma das bandas mais tradicionais do Psychobilly brasileiro. Um show perfeito que não pecou nem mesmo com alguns pequenos problemas no som. A banda como sempre carismática dirtribuiu CD's e adesivos durante os intervalos das músicas dos seus mais de 20 anos de carreira.
Para fechar a noite e o festival com chave de ouro o The Meteors sobe ao palco. Alguns minutos antes da apresentação a banda retira a proibição de fotografar o show que havia sido imposta alguns dias antes, animando o público e os fotógrafos profissionais que faziam a cobertura dos shows. Mesmo assim, foi muito interessante ver o público, no geral, mais antenado nos shows do que empunhando celulares e câmeras para todos os lados. O show foi perfeito, com a execução dos clássicos de todos os tempos que embalaram da melhor forma o fim do Carnival 2017. O wrecking permaneceu do início ao fim da apresentação da banda que se mostrava satisfeita com todo aquele resultado que contagiou a todos, inclusive Carlo, roadie da banda, vocalista do "The Snakes", que deu um show a parte no palco cantando e vibrando até não se segurar em um momento e descer do palco para curtir junto do público. Após um breve intervalo, eles voltaram ao palco para um bis e assim finalizaram uma apresentação histórica.
The Meteors. Foto: Pri Oliveira - Cwb Live |
ENCONTRO DE GERAÇÕES
A cada ano que se passa vemos novos rostos rondando os shows. Os novos rostos que se misturam a velhos conhecidos de outros carnavais, veteranos dos festivais, daqueles que já possuem uma placa pregada na testa com um número de patrimônio. Muitos dos veteranos que não se viam há anos tiveram a oportunidade de se reencontrar. "Foi legal ver pessoas novas, pessoal antigo, todo mundo curtindo junto o role" disse Maniac Biffs, do Bad Luck Gamblers. "Talvez pela ausência do rock carnival nesse ano e dos eventos mais ecléticos que rondavam o festival, esse foi na minha opinião o psycho carnival mais psychobilly dos últimos tempos. E isso foi do caralho. Clima de reencontro de velhos amigos, nade de briga, nada de gente nada a ver fazendo merda, o clima de camaradagem da cena psycho brasileira (e de fora do brasil também) estava mais forte que nunca." nos contou G-Lerm, vocalista do Mongo.Foto: Diego Baldraco. Acervo Psychobilly Brasil |
A 18ª edição do Carnival ganha o status de uma das melhores do festival, fazendo com que o evento como um todo seja mais que um evento simplesmente só de música, mas uma cena onde se cultua a amizade e a vontade de se unir com outros loucos para se divertir e ter momentos para ficarem marcados na vida. "Acho que todos os anos são especiais de alguma maneira. Mas o encontro realmente sempre é o mais importante. E fico feliz que as pessoas tenham relacionado mais fortemente esse ano com isso." nos falou Vlad Urban com relação à reunião das gerações.
SALDO POSITIVO
Os comentários que circulavam entre os que compareceram ao festival não poderiam ser contrários ao sucesso do festival, como nos contou o Bruno B. Rocker, vocalista e guitarrista do CWBillys "O som estava impecável tanto no palco quanto na plateia, a galera da produção caprichou mesmo! O line-up estava muito foda. As novas bandas detonando, as bandas de longa estrada e que tocam há anos no festival (tanto as locais como as de fora da cidade) como sempre tocando o terror e as tão esperadas The Meteors e Long Tall Texans, que já haviam tocado na cidade mas nunca no Carnival, fizeram shows inesquecíveis! Com certeza foi uma das melhores edições... E agora vamos esperar ansiosamente pelo próximo, borá pro Psycho Carnival 2018". Resultado do sucesso de mais uma edição do Psycho Carnival é a união entre bandas, público, organização e todos que de alguma forma contribuem para que o Festival se repita com aquela garantia de satisfação e da nostalgia que fica depois do seu encerramento. Como disse Mutant Cox, baixista do Sick Sick Sinners, guitarrista e vocalista do Hillbilly Rawhide "Acho
q esse ano o Psycho Carnival foi demais!! Um dos melhores q ja rolou em
todos os sentidos... Bandas publico local do show equipe de segurança
som bar horarios... Foi emocionante encontrar tantos amigos de tanto
tempo e lugares diferentes... E principalmente fechar com a melhor banda
do mundo!!! Sem comentarios....Valeu
a todos que ajudaram organizaram tocaram compareceram rodaram e se
quebraram la.... Ate o proximo PSYCHO CAAAAARRRRNIVAL!!!"
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O Psychobilly Brasil agradece a sua participação. Volte mais vezes!
Stay Psycho!